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II Semana de Libras da UFAM promove intercâmbio com Universidade de Bristol, UFSC e Gallaudet

  • Publicado: Terça, 10 de Julho de 2018, 10h19
  • Última atualização em Terça, 17 de Agosto de 2021, 17h33
  • Acessos: 799

Nos últimos dias 3 a 5 de Julho de 2018, realizou-se a a II Semana de Libras da UFAM, evento promovido pelo curso anualmente, que, além do corpo qualificado de pesquisadores da própria Universidade, contou com a participação de professores da Universidade Gallaudet – Washington – DC, Universidade de Bristol – Reino Unido e Universidade Federal de Santa Catarina, centros de referência mundial em pesquisas com línguas de sinais.

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- Buscando cumprir as metas de internacionalização do plano de desenvolvimento institucional da UFAM, buscamos trazer até nós pesquisadores que desenvolvem trabalhos de excelência, no Brasil e no mundo, relacionados aos desenvolvidos pelos professores do nosso curso, explica o coordenador do curso, professor Hamilton Rodrigues. - Todos os professores convidados foram chamados não apenas para palestras, mas para dar formação à nossa equipe e reunir-se com nossos grupos de pesquisa, colaborando com o andamento delas, enfatiza o professor.

Seguindo esta proposta, a abertura do curso contou com a participação do professor Drº Keith Cagle, diretor da faculdade de tradução e interpretação de língua de sinais da Universidade Gallaudet, o maior centro mundial de pesquisa em estudos surdos. Drº Cagle é vice-coordenador do projeto de pesquisa da UFAM “Linguística histórico-comparativa Libras e língua americana de sinais (PP-LLA/0002/2018)”, que busca entender o processo de criação e desenvolvimento destas línguas, que supostamente teriam sido originadas da língua francesa de sinais. A tese do professor Cagle buscou encontrar as raízes etimológicas da língua americana de sinais e há quatro anos ele começou a investigar a relação com a Libras. Além da abertura o Drº Cagle ministrou a palestra “Teriam sinais da Libras surgido há dois mil anos?" no final do segundo dia do evento.

 

Mesa de Abertura do evento

 

Britânica, a pesquisadora Rachel Louise Sutton Spence concluiu seu doutorado em 1995, na Universidade de Bristol, no Reino Unido, investigando o papel da soletração e do alfabeto manual na língua de sinais britânica. Drª Spence passou a trabalhar na mesma universidade, tornando-se uma das principais pesquisadoras de línguas de sinais no mundo. Após 23 anos, mudou-se para os Estados Unidos, para trabalhar como pesquisadora na UCSD – Universidade da Califórnia. Suas pesquisas envolvem aspectos linguísticos, políticos e tradutórios de diversas línguas de sinais no mundo. Mas foi na área literária que Rachel consolidou suas pesquisas, se tornando hoje referência mundial da área de literatura das línguas sinalizadas. É fluente em língua britânica, americana e brasileira de sinais, além do Português e Espanhol. 

    Prof.Rachel Sutton Spence 

Algumas de suas publicações:        

     

Best Seller na área de literatura das línguas de sinais As mãos determinam o que a boca faz - a boca como articulador nas línguas de sinais  Não mais invisível - Reformulando o  papel do tradutor literário

 

Em 2006  o primeiro curso de graduação em Letras Libras apresentava para o Brasil diversos pesquisadores da libras. Dentre eles estava o paulistano Drº Tarcísio Leite. Sua tese de doutorado “A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): Um estudo lingüístico descritivo a partir da conversação espontânea entre surdos” ganharia, apenas  dois anos depois, o prêmio “distinção e louvor” da Universidade de São Paulo, repetindo a premiação recebida em sua dissertação de mestrado que investigou a História oral de professores surdos de língua de sinais brasileira. Sua tese ganharia ainda outros dois prêmios, o prêmio menção honrosa CAPES, em 2009 e o menção honrosa ANPOLL, a associação nacional de pós graduação em letras e linguística. Embora seu rigor acadêmico seja incontestável, foi sua simplicidade e seu ativismo em prol da comunidade surda, que fizeram com que ele ganhasse a confiança dos surdos acadêmicos brasileiros, muitos dos quais seus orientandos de mestrado e doutorado. 


Prof. Tarcísio ministrando a palestra Elaboração visual da (corp)oralidade pelas pessoas surdas 

 

Junto com os três professores, tivemos ainda o privilégio de contar com a palestra da nossa professora, pesquisadora de excelência Mestre Laura Frydrych, lembra o Prof.Hamilton. Ela está investigando questões linguísticas da Libras em seu doutorado e será a primeira doutora do nosso curso. 

 


Professora Laura Frydrych sinalizando um resumo do seu trabalho apresentado no colóquio de língua de sinais na França em 2018

 

Além dela, contamos com o professor Mestre Edgar Veras, também do nosso curso, que juntamente com o professor Drº Keith Cagle, apresentaram seu trabalho de pesquisa desenvolvido na Gallaudet - Washington - DC - EUA e agora em continuidade na UFAM, experiência muito rica, pois foi a primeira vez que tivemos uma interpretação entre duas línguas de sinais em evento do nosso curso, destaca o coordenador.

Professor Edgar Veras e Drº Cagle apresentando um resumo de suas pesquisas

No último dia do evento ainda contamos com a presença do Drº Carlos Machado Dias Júnior, vice-coordenador da pós graduação em Antropologia da UFAM, que trouxe contribuições riquíssimas às mais recentes discussões sobre ética na pesquisa com surdos a partir da perspectiva do trabalho com indígenas. 

Para ver todas as palestras do evento, clique AQUI 

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